E todos os anos, no inverno, ouvimos falar de bronquiolite.
O VSR (vírus sincicial respiratório), responsável pela maioria dos casos de bronquiolite, atinge o trato respiratório através do contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas ou através de superfícies ou objetos contaminados.
A infecção ocorre quando o material infectado atinge o organismo através da membrana mucosa dos olhos, boca e nariz ou pela inalação de gotículas derivadas de tosse ou espirro.
Não há terapêutica específica disponível que abrevie o curso e a resolução dos sintomas.
Os lactentes têm respiração nasal e a aspiração com o intuito de fazer higiene das narinas, em algumas situações, pode ser recomendado. Melhora o esforço respiratório e facilita a alimentação.
Contudo, a aspiração pode irritar a mucosa nasal e desencadear edema (inchaço nas narinas).
A recomendação é fazer aspiração nasal suave e mais superficial, quando necessário.
Lactentes com bronquiolite viral aguda podem ter dificuldade para se alimentar devido à congestão nasal e pelo esforço respiratório.
São medidas recomendadas seguindo SBP:
— Evitar exposição passiva ao tabaco;
— Incentivar o aleitamento materno;
— Evitar contato com pessoas com infecção respiratória aguda;
— Evitar ou retardar, sempre que possível, que pacientes de alto risco (prematuros,cardiopatas e pneumopatas) frequentem locais onde a exposição à infecção não possa ser controlada (exemplo: creches, locais aglomerados, etc).
— Vacinação contra influenza nos lactentes e crianças acima de seis meses.
Caso você perceba na criança piora do estado geral (hipoativa, prostrada, acorda apenas com estímulos prolongados), desconforto respiratório (gemência), sinais de desidratação, recusa alimentar, pouca diurese por 12 horas ou qualquer outro sinal que identifique que a criança não está bem, procure imediatamente atendimento médico especializado.
Ainda ficou alguma dúvida sobre bronquiolite?
Dra Rafaela Altoé